Transcatheter aortic valve implantation (TAVI)
A estenose aórtica é a doença valvar adquirida mais freqüente e está presente em 4,5% da população acima de 75 anos. Para pacientes com estenose aórtica severa sintomática, a cirurgia de troca valvar aórtica (SAVR) é considerada a terapia de primeira escolha. O implante transcateter de valva aórtica (TAVI) tem se consolidado ao longo dos últimos anos. Introduzido inicialmente para pacientes considerados inoperáveis (4,5), o TAVI tem sido usado amplamente como uma alternativa de tratamento para pacientes de alto risco cirúrgico. A avaliação do risco cirúrgico em pacientes com estenose aórtica severa tem um papel importante na seleção da melhor estratégia terapêutica.
A mortalidade associada a SAVR pode ser prevista pelos escores que levam em consideração as características pré-operatórias dos pacientes. O EuroSCORE 7,8 e o escore 9 da Society of Thoracic Surgeons (STS) são os escores mais comumente usados com este objetivo e tem sido extensivamente validados. Outros escores têm sido usados para prever especificamente a mortalidade em decorrência da cirurgia cardíaca valvar, tais como o Ambler score10 e o Guaragna score 11.
A estenose aórtica calcificada grave é uma doença que vem aumentando sua prevalência pelo envelhecimento da população e tradicionalmente é tratada pela troca valvar aórtica. Em 2002 Cribier realizou o primeiro implante transcateter de valva aórtica. Após este feito inicial dois dispositivos foram aprovados na Europa e Canadá para uso clínico e rapidamente se popularizaram.
O implante e o reparo valvular por via transcateter têm se mostrado um dos tratamentos promissores para as valvopatias em pacientes de alto risco cirúrgico ou inoperáveis. O implante de bioprótese valvular aórtica (TAVI) para tratar a estenose aórtica grave demonstrou sua não inferioridade, se comparado à cirurgia em pacientes com risco cirúrgico substancial, e sua superioridade, se comparado ao tratamento médico, em pacientes com risco cirúrgico proibitivo.
O TAVI é uma opção de tratamento minimamente invasivo que promove ao paciente uma recuperação mais rápida e o sucesso do procedimento depende da integralidade de toda equipe multidisciplinar envolvida neste procedimento. Inicialmente conhecer o paciente realizando uma boa anamnese é essencial para boa evolução do tratamento, o procedimento realizado de maneira prudente e o acompanhamento da equipe de Fisioterapia no pós-operatório promove o sucesso do TAVI.
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