Tetralogia de Fallot


É um tipo de cardiopatia congênita cianótica. Ela impede o fluxo de sangue do coração para os pulmões, devido a uma combinação de 4 defeitos, caracterizados pelo estreitamento na valva que permite a passagem de sangue para os pulmões, comunicação entre os ventrículos cardíacos, alteração no posicionamento da aorta e hipertrofia do ventrículo direito.


Sintomas

O principal sintoma é a cianose( tom de pele azulado), que pode ser leve ou grave.

Alguns bebês apresentam crises que podem ser fatais (crises de hipercianose ou ataques cianóticos) caracterizadas por agravamento repentino da cianose em resposta a determinadas ações, como chorar ou fazer força para evacuar. O bebê apresenta falta de ar e pode perder a consciência.

Outros sintomas incluem:

Respiração rápida, especialmente ao mamar;
Unhas escuras nos pés e nas mãos;
Dificuldade em ganhar peso;
Irritabilidade fácil;
Choro constante.
Diagnóstico

Se o médico suspeitar que o bebê tenha tetralogia de Fallot, é feito um ecocardiograma (ultrassonografia do coração) para a confirmação do diagnóstico.Se for confirmado, o exame vai mostrar os 4 defeitos no coração. Podem ser realizados também o Eletrocardiograma (ECG) E radiografia do tórax.

Tratamento

O repertório de tratamento para a Tetralogia de Fallot consitui-se de farmacoterapia com uso de algum medicamento, como uma prostaglandina e a intervenção cirúrgica.

Tratamento com prostaglandina

A administração de prostaglandina por via intravenosa, mantém o canal arterial aberto e consequentemente uma quantidade maior de sangue é enviada aos pulmões, havendo um aumento da saturação de oxigênio no sangue.

Cirurgia para Tetralogia de Fallot

Bebês com tetralogia de Fallot precisam de reparo cirúrgico. Se a saturação de oxigênio for baixa ou se o bebê estiver apresentando crises de hipercianose, a cirurgia é realizada quando o bebê ainda é bem jovem. Se a criança tiver poucos sintomas, às vezes é possível adiar a cirurgia até a criança ter crescido um pouco.

Se o bebê tiver um baixo peso de nascimento ou tiver defeitos complexos, o médico possivelmente utilizará procedimentos menos invasivos para manter o fluxo de sangue aos pulmões até que seja possível realizar cirurgia corretiva. Por exemplo, o médico pode usar um vaso sanguíneo sintético (uma derivação) para conectar uma artéria no pulmão a uma artéria que transporta sangue do coração. Esse procedimento direciona o fluxo do sangue para os pulmões para que ele consiga absorver oxigênio antes de ele ir para o resto do corpo.

 Outra opção pode ser realizada durante um cateterismo cardíaco, em que um tubo fino (cateter) com um tubo flexível expansível (stent) na ponta é inserido através de um vaso sanguíneo no braço ou na perna até alcançar o coração. O stent é expandido no coração para aumentar o fluxo em direção aos pulmões, o que ajuda a aumentar a saturação de oxigênio no sangue.

Durante a cirurgia corretiva, o defeito do septo ventricular é fechado, a passagem estreitada do ventrículo direito e a válvula pulmonar estreitada são alargadas e a persistência do canal arterial é fechada.

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